"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector
Nunca fui muito boa em lidar com situações que necessitam de decisões firmes, que trariam consequências para mim e para os meus. No entanto a vida sempre insiste em me contariar, me colocando na linha de frente, pronta ou não pra guerrear.
As vezes quando acordo decidida a deixar o medo e angústia trancas em meu quarto, meus olhos insistem em deixá-los escapar... Minha boca os renega e meus braços e pernas me constranguem com uma tremedeira incessante...
Um sorriso, um afágo ou apenas um olhar discreto ou um "oi" de canto de boca dispara meu coração e traz a tona aquela que eu queria esconder, aquela criança que ainda tem tando medo de amar e de ser amada e que insiste em dizer que não é digna de tudo isso...
Ah quando essa menina tomará decisões de mulher? Quando aprenderá que o amor também faz parte da sua ida? Quando se deixará ser amada? Quando?